Foto: www.museudatv.com.br
MARIA THEREZA CAVALHEIRO
Nasceu em São Paulo/ capital do Estado de São Paulo, a 25 de janeiro de 1929.
Escritora, jornalista, advogada e tradutora.
Traduziu, do francês antigo, mais de duzentos e cinquenta estrofes em decassílabos e alexandrinos, do livro “Nostradamus e o Inquietante Futuro”, de Ettore Cheynet.
Autora dos livros publicados: "Antologia Brasileira da Árvore" (1960) ; "Segredos do Bom Trovar - Como fazer Trova - Exemplos práticos" (1989), ”Relâmpagos” (poesia, 1990); “Encontros e Desencontros” (poesia, 1992) e "Trovas para Refletir" (2009).
Faleceu no dia 02 de setembro de 2018.
Por mais que intimide o mundo
e a vida acarrete o medo,
sempre se guarda no fundo
uma esperança em segredo.
Esconde o pranto depressa
e finge que estás contente,
que aos outros não interessa
saber as mágoas da gente.
Quem faz o bem tem a paga,
quem é bom nunca está só;
o tempo jamais apaga
o que fica além do pó.
Não haveria fronteira
neste mundo se a amizade
fosse a união verdadeira
entre toda a humanidade.
Leia muitas outras TROVAS da autoraa em:
https://falandodetrova.com.br/therezacavalheiro
VIA VERSO. III Concurso Nacional de Poesia. Ourinhos, Prefeitura Municipal de Ourinhos, Departamento Municipal de Cultura, Biblioteca Municipal Tristão de Athayde, 1995. 98 p. 15 x21 cm. Coordenação do Projeto: Marco Aurélio Gomes. Capa: Dany Eudes Romeira.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Limitação
Cativa
entre os dois vidros
da janela,
a mariposa
é uma aflição
de morte,
e ao debater-se
na invisível cela
traz à evidência
a minha própria sorte.
*
CAVALHEIRO, Maria Thereza. Trovas para refletir. São Paulo: Edição do Autor, 2009. 119 p. -14 x 21 cm.
Ex. bibl. Antonio Miranda - Doação do livreiro Doação do livreiro Jose Jorge Leite de Brito
Desgraça nem sempre dura,
pode a bonança voltar...
Infeliz da criatura
sem tempo para esperar!
*
Quem vive só do futuro
e esquece a vida que passa,
descobre claro no escuro
que fez projetos de graça.
*
Reticências dizem tanto!
E entende-las, é preciso:
nos olhos, podem ser pranto;
nos lábios, talvez sorriso...
*
No tempo mais se comprova
quando é verdadeiro o amor,
que não quer jura nem prova,
não faz escravo ou senhor.
*
Zomba a esperança com a gente,
a nos levar nem sei onde,
pois se compraz tão somente
em brincar de esconde-esconde...
*
Se o pranto te aflige o peito,
procura te consolar:
o rio corre no leito
e depois encontra o mar!
*
Com o crescer das queimadas,
não é muito o que nos resta:
braços hirtos, mãos crispada...
— são os galhos da floresta!
*
Plantem árvores, crianças!
Cresçam com elas, felizes,
cheias de vida e esperança,
porém firmes nas raízes!
*
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Página publicada em agosto de 2021
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Página publicada em junho de 2021
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